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A Agência Espanhola para a Segurança Alimentar e Alimentação (AESAN) define as dietas milagrosas como aquelas que prometem uma rápida perda de peso sem grande esforço.
Geralmente, estas dietas induzem restrições muito severas da energia ingerida que conduzem a défices nutricionais, alterações de metabolismo e a uma monotonia alimentar que com o tempo se tornará insustentável e perigosa para a saúde.
Segundo a AESAN as dietas muito rígidas e muito pobres em calorias, embora façam com que o peso diminua a curto prazo, constituem um risco inaceitável para a saúde e podem:
A AESAN adverte que quando as quilocalorias (kcal) contidas na dieta são muito escassas, o organismo reage compensando a falta de energia recebida com um aumento da destruição das proteínas corporais. Isto irá provocar, por um lado, a perda de massa muscular e, por outro lado, a formação de substâncias perigosas para o organismo quando a dieta se prolonga no tempo.
Quem segue este tipo de dietas confunde a perda de massa muscular e, portanto de peso, com o êxito do regime alimentar escolhido, pois depara-se com resultados entusiasmantes quando sobe à balança durante as primeiras semanas. Isto fica a dever-se ao facto do tecido muscular ser muito rico em água e, numa primeira fase da dieta, se perder muito líquido.
O problema destas “dietas milagrosas” é que favorecem uma recuperação muito rápida do peso perdido (efeito “iô-iô”). A tendência exacerbada para a recuperação do peso acontece porque as situações de jejum ativam potentes mecanismos nervosos e hormonais que se opõem à perda de peso: maior rendimento do metabolismo corporal com maior poupança energética e aumento do apetite. Estes mecanismos conduzem a uma rápida recuperação do peso perdido quando se volta a uma alimentação normal. O peso recuperado deve-se predominantemente à formação de tecido gordo que é, precisamente, o que origina problemas de saúde e o que deveríamos reduzir na nossa dieta.